sexta-feira, 17 de junho de 2016

Homem passa 6 anos fingindo trabalhar e ninguém nota


Inacreditável o caso deste cara, que passou 6 anos fingindo analisar problemas em softwares de computador. Ele criou um programa que analisava o necessário de maneira automática já que é tudo meio repetitivo e depois de todo este tempo ele até mesmo esqueceu de como se programava.

Por incrível que pareça existe um dilema ai, já que ele sempre cumpriu seu papel. Não sei se surgiriam coisas novas que o programa dele não conseguiria fazer. Talvez fazer algumas revisões de vez em quando e o patrão saber sobre isso seria mais ético, mas a questão é que mesmo que o programa fosse muito eficiente o patrão não se sujeitaria, pois não é admissível a um patrão não dar chicotadas no empregado. Pessoalmente eu acho que controlar os empregados faz parte do pacote.

Parece até coisa daquele livro "trabalhe 4 horas por semana", onde o autor ensina a usar ferramentas e pessoas para automatizar a vida. Apesar do livro ser muito interessante, pois nos mostra como transferir trabalho para quem precisa trabalhar mais pelo dinheiro que você, acho ele também perigoso. Já vi duas pessoas ficarem meio malucas após lê-lo. Uma no programa de TV "O Sócio" que simplesmente não trabalhava pois o outro sócio da empresa precisava trabalhar pra não quebrar, e outro um amigo meu (aquele que ficou rico vendendo infoprodutos). Para os dois pareceu ter funcionado. Ano que vêm leio denovo com mais atenção.




Procurando na internet achei mais casos, principalmente de funcionários públicos e CCs fantasma como é típico no Brasil. Este espanhol ficou seis anos sem aparecer no trabalho e ninguém parece ter notado. Na verdade eu mesmo já tive um amigo que foi CC na câmara de vereadores e nunca ia trabalhar. Em prefeituras de cidades pequenas isso também é comum. Minha mãe (agora aposentada) trabalhava em um órgão público de baixo escalão onde se controlava ponto através de assinaturas em um livro e haviam pessoas que assinavam quando queriam e iam resolver suas coisas pessoais (cuidado ao puxar o saco de professores).


Vagabunda. Tem várias reportagens assim no youtube.


Trabalho remoto é muito eficiente e a internet veio para nos ajudar em relação à isso. Você pode contratar um publicitário na Tailândia e um programador na Índia por um quarto do que pagaria a um brasileiro, mas isso é na iniciativa privada. Tem um pessoal de empresas públicas fazendo pressão pra trabalhar desde casa, ou seja, vão trabalhar menos ainda e o pagador de impostos nem mesmo vai saber se existem pessoas que são pagas simplesmente para mandar um e-mail por dia.

Temos os relatos dos blogueiros de como é ficar em casa sem fazer nada nas férias e de como seria ruim se aposentar assim. Trabalhar é importante para o ser humano, e um homem simplesmente não pode consumir mais do que o que produz. Trabalhar é a única coisa que cria riqueza e dignifica o homem, pois além da riqueza gera satisfação pessoal. A não ser para esses exemplos de sanguessugas que não valem o que comem.

Antes de me criticar, não confundam a dor que é trabalhar como empregado por um salário baixo com minha crítica. Trabalhar é sim, horrível e doloroso, quando temos que trabalhar pelo dinheiro. O que me refiro é a necessidade que o homem ter de criar e se sentir útil. Meu avô trabalhou dos 9 aos 89 anos, muito desse tempo de graça só pra se sentir útil e cada vez mais compreendo ele.

No próximo post vou inaugurar um novo "quadro" aqui do Blog, a resenha de um filme que eu goste bastante, e escolhi um que para mim mostra todo um percurso das necessidades humanas sendo supridas e o papel do dinheiro nisso tudo para se ser verdadeiramente feliz. Na próxima semana pretendo postar a cada dois dias, espero que gostem.


16 comentários:

  1. Obrigado por fumar é um bom filme pra se fazer uma resenha.

    O do barão de Mauá também.

    Esse pessoal que consideramos parasitas na verdade acham que nós somos os parasitas, pois eles são especiais e temos que sustentá-los.

    Abraços!!!

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    1. Gostei dos dois filmes que você citou, vou por na lista de futuras resenhas. O que vai inaugurar o quadro é muito bom também.

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  2. Olá CF, ótima postagem, porém discordo de você. O trabalho não dignifica o homem, o que dignifica o homem é o DINHEIRO.

    Um homem que não trabalha e tem 1 milhão de reais de conta é mais digno perante a sociedade do que um homem que trabalha 12 horas por dia e tem 1000 reais na conta.

    Pessoas que ficam em casa sem fazer nada nas férias ou quando estão sem emprego, são pessoas vazias, que perderam o verdadeiro sentido da existência e não vivem mais a própria vida, vivem a vida que os outros querem que ela viva, uma vida baseada na necessidade de validação dos outros, na preocupação com opiniões alheias.

    O verdadeiro sentido da existência é buscar seu desenvolvimento e crescimento pessoal, cultivar bons relacionamentos, ter hobbies saudáveis, ler, aprender idiomas, cuidar da saúde e qualidade de vida e uma infinidade de coisas mais. Essas pessoas que ficam em casa sem fazer nada nas férias não sabem utilizar adequadamente uma coisa tão importante quanto o dinheiro: o TEMPO LIVRE. Eu sempre digo que a riqueza se mede pela quantidade de duas variáveis na sua vida: dinheiro e tempo livre.

    Quando a pessoa chega nesse ponto de não saber o que fazer com o seu tempo livre, é porque existe uma patologia grave, ela está num estado psicológico deplorável e precisa urgentemente de algo que a ESCRAVIZE, geralmente o trabalho, mas pode ser religião, casamento, filhos, etc.

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    1. Pqp esse final foi arrebatador.
      Vejo isso direto na minha sensala mal remunerada.

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    2. Anderson, você disse que alguém que tem dinheiro é mais digno para a sociedade. Mesmo que isso seja verdade, não é a dignidade a que me refiro. Tem coisas que a sociedade valoriza que inclusive tornam a pessoa menos digna.
      Se o ser humano não trabalha em algo se sente um inútil seja com a quantidade de dinheiro que tiver.
      Nosso amigo da reportagem se tornou depressivo e alcoolatra. Eu até concordaria com você que tem coisa melhor pra se fazer com seu tempo que ir trabalhar, mas ele não é um ponto fora da curva. É a norma. Se você não trabalha em algo, se não se sentir útil, sua vida perde sentido. Existem muitos estudos antropológicos que expõe isso.

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  3. Olá CF,

    Interessante este tema.

    Lembro de um programador de São Paulo, que em seu expediente subcontratou um programador indiano, que fazia todas as atividades dele pela metade do salário dele, e ele passava o dia atoa na internet e fingindo estar trabalhando.

    Descobriram tempo depois, chegando IP’s / Ligações relacionadas à India, não lembro bem.

    Se você quer automatizar e simplificar tarefas, dê ela para ser feita por um preguiçoso ... É nestas horas que as coisas são mudadas.

    Dos meus famosos “Projetos Digitais”, não por preguiça, mas por ser uma equipe de um homem só, acabei criando várias ferramentas de controle e gerenciamento que são automáticas ou semiautomáticas, o que agilizou meu trabalho e permitiu eu sozinho fazer um monte de coisas.

    Boa indicação de livro, pode ser uma opção para minha leitura.

    Abraço

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    1. Deixar seus processos mais eficientes e automáticos é inteligente. Esse livro pode te ajudar. O manual do CEO que estou lendo também fala disso, sugiro pra todo mundo. Abraço!

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  4. CF,

    Quando li esta reportagem, lembrei-me instantaneamente de Thomas Edison que, quando trabalhou em uma estação telegráfica, construiu um dispositivo que automatizava o envio das mensagens e, enquanto isto, passava o tempo dormindo no porão. Ele, assim como o sujeito da reportagem, foi demitido ao ser descoberto, rs.

    Abraços!

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    1. Thomas Edison é foda demais, não sabia disso. Tem aquele velho ditado: "tudo é permitido se não for plotado".
      Eu não acho que o que esse cara fez foi errado, mas esse programa conseguiria verificar erros com a tecnologia evoluindo? Não sei. O que me deixa incomodado são os funças e pendurados no estado que tem seus processos automatizados e sugam nosso dinheiro. Por isso não julgo o patrão que o demitiu. O patrão não tem como acreditar na palavra dele, e se tiver, pode mandar construírem um programa agora e deixar de pagar uma pessoa.

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  5. O cara foi foda, mas infelizmente se esqueceu de continuar crescendo e se qualificando. Mentira não dura pra sempre e como empregado é perigoso. Grande abraço

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  6. É muito triste ver o funcionalismo público procrastinador que nosso país tem. Existe muita gente que trabalha muito, tenho certeza. Mas ao mesmo tempo existem outro vermes que não merecem estar no lugar em questão e apenas sugam o sangue e mancham o nome dos demais.

    Fui a Prefeitura do RJ para legalizar umas coisas do novo empreendimento que estou fazendo, e só vi gente reclamando, conversando e passando o tempo. Muito complicado.


    Mas quanto aos preguiçosos, eu faço parte desse grupo. kkkk

    Sempre que eu encontro alguma tarefa eu tento minimizar o esforço braçal e por consequência melhoro a performance e qualidade com alguns outros passos. Sempre fui assim, vejo isso claramente no projeto que estou. Todos se matam de digitar, e eu alíado ao Excel faço "milagres". Procurarei o livro indicado meu caro.


    Forte abraço e muito sucesso !

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    1. É melhor trabalhar com a parte de cima do pescoço do que com a de baixo, como dizem. Manjar de excel e atalhos em geral é uma mão na roda.

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  7. Esse cara perdeu uma oportunidade. Ele poderia expandir essa automação para outras áreas da empresa, assumir um cargo de gestão, ou ir pra outra empresa. Abrir uma consultoria de automação e melhoria de processos.
    Já que ele tinha tempo livre, poderia ter usado o tempo para evoluir, desenvolver outros programas, aprender outros idiomas.

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    1. Penso parecido. Ele podia ter feito qualquer outra coisa além de jogar um jogo imbecil o dia inteiro.

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  8. Pesquisando sobre meu estilo musical, um sujeito escreveu praticamente um disco inteiro no trabalho, letras complexas que exigiam pesquisa, etc...

    Assim em casa ele ficava só com a questão da gravação das letras.

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    1. Interessante. Usava o tempo livre no trabalho para investir em algo que gostava e um dia podia gerar dinheiro.
      O cara da matéria infelizmente só jogava computador e se escondia do chefe.

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