sábado, 14 de outubro de 2017

A trajetória da classe média brasileira

Olá amigos, alerto que já escrevi sobre esse assunto antes que me acusem de ser repetitivo.

Estava vendo uma reportagem sobre desemprego no Brasil, onde entrevistaram um cara formado em Publicidade que trabalhava num boteco. O mesmo se formou a alguns anos, teve algumas experiências breves na área e hoje é empregado de balcão, enquanto espera uma grande chance na agência dos Mad Men.

Como os estudantes se imaginam
após terminar o curso

Seu diploma, segundo as pesquisas apresentadas no livro Personal MBA, já vale menos que papel higiênico, pois não trouxe conhecimento aplicável nem um network poderoso na janela de dois anos.

O cara entrevistado parecia ter seus 30 e poucos anos de idade a despeito do modo infantil que se vestia e do modo servil de se expressar. A reportagem falou do mercado saturado e da crise em que o país se encontra, mas não consegui deixar de notar a parcela de culpa do cara.

O mesmo disse ter largado outro curso que não tinha a ver consigo para perseguir uma carreira na área criativa, portanto conclui que ele provavelmente seguiu um caminho que acredito ser comum entre a classe média brasileira, o qual descreverei no exemplo hipotético à seguir, que possui inumeras variações as quais invariavelmente levam ao mesmo fim:

- Fulano termina a escola aos 17 anos, sem ter levado a sério a baboseira toda.

- passa 3 anos "estudando" num cursinho pra passar na universidade federal de seu estado. De algum modo faz os pais acreditarem que sustentar-lhe sem exigir retorno é um bom investimento, pois o diploma universitário seria uma espécie de salvo conduto para um emprego milionário.

- desiste e entra numa instituição privada, afinal não faz diferença alguma. No começo do curso não sabe nada da profissão, portanto não faz estágio. Seu foco é estudar bastante o que nunca vai usar no mercado.

A lei do estágio onera a empresa, portanto as vagas diminuíram muito e a chance de aprender a prática diária também, afastando do mercado os estudantes.

- após 2 anos muda para um curso com mercado saturado de profissionais, com salários baixos, onde não é necessário diploma para trabalhar e não tem experiência prévia nem conhecimento algum do ramo. Até nota isso tudo mas ignora, afinal a vergonha de já ter mudado um vez de curso o faz dizer a todos que se encontrou e ama a nova profissão.

- A instituição faz algum malabarismo e Fulano até consegue aproveitar matérias do antigo curso. Finalmente no final, faz alguns estágios e se forma. Formado, faz de tudo pra não entrar nos empregos que pagam mal anunciados, desde intercâmbios até tentar bolsas de mestrado. Seu foco, afinal, continua sendo cair de paraquedas em um emprego fácil e bem remunerado. Infelizmente fulano não se tornou especializado em área nenhuma e não tem capacidade de pagar aluguel, comida e as contas com seu trabalho.

- Ainda morando com os pais, o tempo passa rápido. Um, dois, três, quatro anos de formado. Fulano está com 34 anos e não vê saída no horizonte. Decide então estudar para concursos públicos. Mais 3 anos passam e nada...

- Enquanto Fulano espera sua grande chance que nunca virá, já que não é especializado em nada e já com 30 e poucos anos e 10 de formado não vai se sujeitar a receber uma merreca em um emprego que devia ter pego a 15 anos atrás, fulano trabalha em um emprego que não precisa diploma algum e recebe 1200 reais e reclama do mercado.

- Já que passa seu tempo livre assistindo Netflix e jogando jogos online, atividades baratas, e não tem mais amigos para ir em boates e bares como nos tempos de estudante que já estão casados ou mudaram de cidade, Fulano consegue poupar  algum dinheiro. Vislumbrado com canais de youtube que falam das maravilhas do investimento, acaba achando alguma cópia do extinto Pobretão de Vida Ruim e se identifica com tudo. Chega a conclusões bizarras sobre a vida e cria seu próprio blog.

Todo mundo tem suas peculiaridades de vida, mas quis com esse exemplo mostrar que muitas vezes fazemos nossas próprias más escolhas.

O que notei em meus gurus e exemplos de sucesso é que trabalharam bastante desde o mais cedo possível e focaram em acumular patrimônio, não em seguir uma carreira legal. Tem até um estudo academico que surgiu um tempo atrás sobre "não seguir seu sonho".

O Fulano do exemplo passou décadas consumindo mais dinheiro de sua família do que gerou, e não admite ter culpa alguma. Claro que a culpa disso tudo é discutível, uma vez que a escola e seus pais lhe mandaram estudar para comprar uma carreira. Porém ele acabou em um emprego que podia ter exercido desde os 15 anos e se poupasse, provavelmente teria uma renda passiva do dobro ou triplo de seu atual salário.

Outra coisa que me intrigou é, se ele quer ser publicitário, porque não trabalha freelance em casa nas horas vagas e monta um portfólio, além de tirar uma grana extra? Mentalidade anticapitalista amigos.

Não estou dizendo que ele seja um socialista, apenas que nós brasileiros não temos mentalidade capitalista.

Capitalistas trabalham o tempo todo, se qualificam mesmo em trabalhos ruins e poupam dinheiro. Nós brasileiros optamos por ver qualificação por diplomas na parede e trabalho digno apenas se for chancelado pelo modelo aceito pela sociedade.

Minha conclusão é que a classe média brasileira (além de escrava do governo) mantém-se na corrida dos ratos por suas péssimas decisões financeiras.


58 comentários:

  1. Esse assunto é bem complexo, mas é bem interessante de se discutir.
    Acredito que boa parte dos formados em ensino superior que desistiram de suas profissões de formação e partiram para outras áreas, o fizeram porque tiveram uma formação acadêmica fraca, ruim mesmo.

    São pessoas que escolheram um curso muitas vezes que não tinham muita afinidade, por falta de opções, pressão familiar, falta de maturidade, crença que aquilo traria altos ganhos etc.
    Aí como o estudante não tinha o menor jeito pra coisa, se forma um "profissional" inexperiente e inseguro. Isso quando o estudante não se forma já pensando em largar aquilo pra sempre.
    Isso fora os "festeiros" estudantes que fingem que estudam, vão para as faculdades apenas a passeio e para bater papo e na esperança de comer alguém. Esses são os alunos turistas, que geralmente torram o dinheiro dos pais, se formam nas coxas e não comem ninguém.
    Essa são além da crise e concorrência, causas desse tipo de fenômeno, mas que não aparecem nas estatísticas.
    No fundo a maioria desses ex-estudantes sabem disso, só que apenas uma minoria admite. Ponto positivo para quem não fica se enganando, admite o erro e parte pra outra com consciência.

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    1. Muito bem pontuado uma parte do problema. O CF, está me censurando não sei qual motivo, mas tudo bem.

      O problema é que o Brasil tem um ambiente institucional horrível, um péssimo mercado de trabalho, tudo aqui funciona no cara crachá-cara-crachá. Nos EUA qualquer moleque de 16 anos, tem trabalho no verão, faz curso, etc... Todo o ambiente é favorável ao desenvolvimento.

      Já aqui, muitas vezes para classe média, o sucesso máximo é ser Funça, não produzir porra nenhuma de valor, bater carimbo e esperar a grana cair na conta.

      Obrigado!

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    2. Espera ai, antes de eu responder, eu censurei você onde? O único tipo de comentário que eu não libero é xingamento. Poste um print do seu comentário que eu supostamente apaguei, seu paspalho.

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    3. Pois, acho que a maioria nem tem ideia do mercado de trabalho e nossa formação básica faz um péssimo trabalho em nos tornar aptos a descobrir que atividades nos fariam felizes. Acho que quanto antes se descobre, maiores as chances de sucesso, e a classe média está presa em ilusões de cursos universitários que preparam para fantasia e não para efetivamente ganhar dinheiro.

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    4. Pois é.. Como disse em meu primeiro comentário a questão é complexa. O Brasil é complexo.
      A escolha de uma carreira deve levar em conta também se o futuro aluno e profissional tem mercado de trabalho. Quem mora em cidades médias e grandes enfrenta uma realidade bem diferente de quem mora em cidades pequenas.
      O ambiente brasileiro deveria ser mais favorável ao empreendedorismo, lógico que não é a saída pra todos, mas seria importante pra muita gente e para o país.

      A formação educacional básica do brasileiro de modo geral peca em muita coisa, já saí da escola a algum tempo, dizem que estão sendo implantadas mudanças no ensino médio, quem sabe alguma coisa não melhora.
      Mas sinceramente acho que não existe apenas uma solução para essa situação, parte da solução está com as próprias pessoas e o restante com algumas mudanças estruturais na educação e sistema trabalhista.

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  2. Que o diploma não serve para nada é uma verdade evidente e já bem documentada. As "uniesquinas" são fetiche, a grande ilusão da prosperidade/oportunidades devido a um pedaço de papel.

    Mas CF, perceba que o ambiente institucional do mercado: a CLT primariamente, limita demais as oportunidades para jovens e nos ferra de todos os lados. Tanto empresários como trabalhadores.

    Isso tudo e do outro lado uma verdadeira casta: Servidores Públicos(salários iniciais altíssimos, cobrança zero, estabilidade,etc).

    O conto da sereia é sedutor, e no meu caso me ferrou. Eu era CLT com 20 anos ganhando 1,5k, abandonei, 3 anos de estudo, fui para os concursos pagando 7k,8k.

    Aprovado e ainda não nomeado(sem esperança alguma), mas se for eu VENCI, senão estou no caso acima, pois não tenho habilidades práticas, apenas teóricas de estudo para esse lixo de concursos.

    Gostaria de discutir mais, mas iria alongar, fecho dizendo: A responsabilidade individual é mor, isso é inegável, mas o ambiente é fundamental, apontar o dedo direto não é razoável, aqui a regra é FRACASSAR.

    Fui...
    A 3 anos anos parasitando minha família, a 3 anos pensando em me matar, já estou com 24 anos e não tenho nenhuma realização para contar.

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    1. Com 24 anos eu pensava parecido, mas hoje mais maduro acredito que com 24 anos é difícil ter qualquer perspectiva realista. Recém saído (ou não) do "ninho" não tem como ter realizado muita coisa na carreira e a saída lucrativa mais visível é o concurso público já que tem tanta gente patinando com vários anos de estrada na nossas profissões.

      Você está certo, o sistema é todo engessado, mas não quero apontar o dedo pro cara, apenas citar que ele tem alguma culpa se sonha ser publicitário. Deveria estar se desenvolvendo de verdade, mas espera acordar um dia como chefe da Mad Men. Conheço inúmeros exemplos assim.

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  3. Belo texto, identifico muitas pessoas assim !!
    Existem prfissõs que você não precisa cursar faculdade para ser um profissional. Só em trabalhar um tempo com aquilo, fazer uns cursos profissionalizantes a pessoa ja fica fera.

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  4. Tenho umas amigas nessa situação, mas pra mulher facilita pq se for bonita e bem casada o marido vai sustentando tudo enquanto ela estuda pra entrar num trabalho legal via concurso, só que o dia nunca chega e algumas engravidam e passar a se dedicar integralmente o filho, renunciando a uma carreira profissional.

    Pro cara é mais difícil, ter mais de 30 anos e ainda morar com os pais é inimaginável para mim, até pq conseguir um trabalho e dividir um ap com amigos nao sai tao caro assim. Tem pais que mimam demais. Essa geracao dos pais que saíram da pobreza e deram mt coisa pros filhos tá criando mt filho mimado, são pais que disseram a vida toda "meu filho merece o melhor". Merece pq? O que ele fez pra merecer? Nasceu?

    Procura se não foram criados fazendo os melhores programas e usando grifes.

    Ei CF, verdade que a lava jato chegou em Portugal e saíram prendendo peixe grande aí?

    Abraço!

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    1. Fala Frugal, sei que a Lava Jato está por aqui mas não estou acompanhando.

      Como sempre digo, meus filhos vão trabalhar e juntar patrimônio desde cedo e aprender a ter responsabilidade pagando contas. Os pais tem enorme responsabilidade nisso tudo, pois se eles tem uma obrigação na vida é preparar os filhos para o pior.

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    2. "são pais que disseram a vida toda "meu filho merece o melhor". Merece pq? O que ele fez pra merecer? Nasceu?" - achei que fosse o único com esse pensamento. Meu pai não é um cara muito legal porém sempre me deixou trabalhar, com 17 anos eu tinha profissão, cargo gerencial, carro e dinheiro na conta.

      Acho que 12 anos é uma idade razoável pra começar a trabalhar, não deveria jamais passar dos 14.

      Outro dia estava vendo um daqueles programas de pesca em alto mar, o dono do barco levou o moleque de 12 anos pra se foder naquela porra, resumindo: trabalhou mais que os marmanjos. Um vagabundo a menos no mundo.

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    3. O Frugal falou sobre uma preocupante situação que eu já vi muitos vezes: pais que batalharam muito e saíram da pobreza decidindo mimar os filhos em busca de um "alívio" do passado díficil.

      Matriculam os filhos em escolas caríssimas mas eles não aprendem nada. Depois empurra os filhos para uma universidade (a maioria não passa na pública, pois não quis aprender nada na escola, então os pais matriculam em instituições privadas caras), dá um carro, paga apartamento, arrumadeira. Os filhos nem querem saber de faculdade, pois querem farra e correr no carro. Mas não, os pais deixam dizendo: "Deixa ele curtir a vida, eu nunca pude fazer isso".

      Eu nunca faria isso com meus filhos.Filhos assim são capazes de destruir em pouco tempo um patrimônio que os pais levaram tempo para construir. Quando arranjar uma pessoa que tenham principios parecidos com o meu, pretendo adotar, e meus filhos vão aprender desde cedo a dar valor ao dinheiro, estudos e trabalho.

      Coisas que eu pretendo dar aos meus filhos e que eu nunca tive é uma alimentação saudável e a oportunidade de praticar esportes e exercicios fisicos, a aprendizagem de um novo idioma ainda pequeno e tocar algum instrumento musical, além de claro educação financeira. Mimos saudáveis e necessários.

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    4. Ainda bem que você não pretender ter filhos né Corey?

      Esse negócio de colocar filho em um país igual o Brasil para virar escravo de patrão é coisa de pessoas irresponsáveis, diria até que é crueldade porque colocam um ser humano para sofrer nessa merda de país, se for um país rico onde realmente existe oportunidades é diferente

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  5. CF, qual sua opinião sobre o mercado de Eng. Mecanica aqui no Br? Dá alguma coisa, ou é perda de tempo cursar aqui?

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    1. Não sei quase nada sobre eng mecânica, mas assim como as outras engenharias parece dar a possibilidade de um salário decente. Conheci uns caras formados nisso que tinham seus 5k garantidos no fim do mês. Infelizmente essas carreiras só são boas quando a economia está bem...

      Porém, diferente da Engenharia Civil, as outras dão uma probabilidade maior de ser empregado e dependente de trabalhar em fábricas em polos industriais.

      Minha mulher é formada em uma delas e pode dizer com propriedade que trabalhar em uma fábrica imunda, em uma zona industrial afastada leva a uma qualidade de vida péssima.

      Acho que não da pra chamar engenharia mecânica de perda de tempo, mas não é o que EU faria por não ter afinidade.

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    2. Anon,

      Faça um curso bom, numa faculdade boa, e arrume bastante estágios e contatos durante o curso, especialmente com professores mais jovens. Aprenda inglês, aprenda pacote office de verdade, autoCAD, SolidWorks, e se tiver um técnico na área, melhor ainda. Engenharia continua sendo uma área boa, mas é preciso se esforçar para se destacar e principalmente, um
      bom network. Boa sorte.

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  6. Eu fiz duas faculdades: administração numa Universidade Federal e contabilidade na Universidade do estado. Meu curso de adm eram 4 anos, mas como trabalhei todo o período da faculdade terminei em 6. Contabilidade eu consegui aproveitar algumas matérias e terminei em 3.
    O que posso dizer? O curso de adm foi pura perda de tempo. Nada que uma pós de um ano não resolva.
    Contador não ganha bem mas dificilmente fica desempregado. Meus colegas de adm muitos estão até hoje desempregados trabalhando como assistente administrativo ou fora da área, já os de contabilidade todos trabalham na área, a maioria ganha mal, mas trabalha na área e tá empregada. Fora os que tem seus próprios escritórios.

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    1. Contabilidade pode ser legal pois te permite ser empregado, empresário e freelance tudo ao mesmo tempo. Quem tem a mentalidade capitalista pode tornar-se um polvo colhendo renda por vários tentáculos.

      Já Adm é um curso completamente inútil do ponto de vista financeiro. É o curso mais fácil de abrir em qualquer lugar pois é só decoreba. Também ninguém precisa de diploma nisso pra abrir uma empresa ou trabalhar na area administrativa em uma.

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    2. Tenho um amigo que viu que Adm era furada já no começo do curso e optou por terminar à distância. No caso ele queria o curso superior na área para poder prestar concursos.

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    3. "Contador não ganha bem mas dificilmente fica desempregado." - essa é a grande sacada. Se for fazer faculdade que seja em algo que tenha empregabilidade plena o que obviamente não terá uma remuneração espetacular porém a segurança de não passar altos e baixos aliada à renda constante e educação financeira pode fazer milagre no longo prazo.

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  7. CF, excelente post, assino em baixo em tudo o que disse. Já escrevi no meu blog o que acho sobre curso superior no Brasil: uma grande palhaçada! Grande parte das nossas graduações não são sequer nível técnico lá fora e mesmo nas graduações mais tradicionais o nível é um lixo.

    Concordo com o colega acima que disse sobre o ambiente, as pessoas tomam como verdade que qualquer faculdade é garantia de sucesso profissional e financeiro mas enquanto isso garçom do Outback ganha 5k por mês (ou ganhava antes da lei das gorjetas, maldita legislação brasileira).

    Abraço!

    Corey

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    1. Obrigado corey.
      Hoje eu vejo com vergonha o lixo que foi meu curso universitário. Além de não aprender muita coisa, aquilo era um circo e qualquer um se formava. Pior que fiz em uma universidade famosa e com recursos.

      A sociedade brasileira está hipnotizada. Cursos de 4 ou 5 anos que não capacitam o profissional a pagar as contas.

      Um abraço

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    2. Concordo plenamente com a postagem CF,

      Tem outro ponto que eu percebi na minha cidade: Até uns 15 anos atrás a carência de mão de obra era tão grande que um "mediano" arrumava emprego... Hj em dia as pessoas supervalorizam um canudo de faculdade e não tem nenhuma experiência prática... É muito mimimi
      E não adianta colocar a culpa nos outros, cada um que é responsável pela sua vida, ou seja, "cada cachorro que lamba a sua c.."

      Abraço

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  8. Sou universitário e tenho consciência algumas coisas citadas acima.

    Mas eai, o que fazer pra sair disso ?

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    1. Olá Anon universitário, esta é uma pergunta que vai nos atormentar por muito tempo depois deste post afundar nas trevas da Internet. Na vida não existe certo ou errado nessas questões, no máximo "boas práticas" e melhores escolhas baseadas em estatísticas.

      Porém o que eu tenho pra lhe dizer baseado na minha experiência de vida é que nunca é tarde para parar tudo e começar a fazer as escolhas financeiramente certas. Se EU pudesse voltar atrás não teria seguido um caminho parecido com o que descrevi no post.

      Se quiser uma dica boa, trabalhe muito e desenvolva habilidades lucrativas. Leia o livro "Me Inc." de Gene Simmons, provavelmente o conteúdo dele são os conselhos que eu te daria.

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  9. Comodismo,

    Quem quer, consegue, tem que correr atras.

    BnA

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  10. Excelente post C.F.

    Ontem meu pai veio me atazanar de novo com historinha de fazer concurso público. Mandei ele estudar e prestar um pra ver o que é bom. Ele ficou calado, analfabeto e burro é foda.

    Minha mãe ainda emendou com a possibilidade de gastar dinheiro e nunca ser chamado (que é regra, não exceção).

    Só o que posso dizer sobre meu novo emprego é que estou em um órgão público, sei muito bem o que se passa dentro de um. O tempo livre é uma desgraça e faz com que todo mundo queira derrubar todo mundo, pior até que CLT, já que mandou embora acabou o problema. Onde tem politicagem tudo é mais difícil.

    Tirando pela média de salário dos funças do meu estado, mesmo como terceirizado ganho mais que 90% deles. Iludi-se quem acha que ser funça é maravilha. Funça não tem estabilidade, tem salário baixo, só os que ficam famosos são os altos salários do judiciário junto com a vadiagem dos federais. Brasil é um lixo em todas as esferas.

    Como você disse em seu post, é essa a mentalidade anticapitalista que nos mantém na merda. Todos queremos nos encostar, trabalhar menos e ganhar mais, só que o deixar de trabalhar são os juros de um vida inteira de trabalho e investimentos. Não tem como usufruir de riquezas sem antes gerá-las.

    Enfim, até hoje sinto saudades de uma multinacional americana que trabalhei. O ambiente, eficientismo eram outros.

    Abraços!

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    1. Pobre Sofredor, que bom que arrumou um emprego, agora é aportar e/ou investir numa melhor formação.

      Você tocou num ponto que óbvio mas que muitos anti-servidores não falam. A grande maioria dos funcionários públicos não ganham muito, nem tem regalias.
      Na verdade no funcionalismo público assim como ocorre em outras esferas, paga um média baixa de salários aos servidores.
      Ser funcionário público vale mais a pena quando se ganha a partir de 3,5 k líquidos.

      Acho que você tem uma forma bem realista de lidar com vários assuntos, só tome cuidado para não ir pro lado do negativismo ou virar um crítico de tudo o tempo todo. Essa observação não tem nada haver com seu comentário, digo isso com relação ao que já lí de sua autoria.
      Não dá pra falar sempre o que pensamos nem bater de frente com todo mundo, ou ficar nervoso com situações que fogem do nosso domínio.

      Sucesso aí no emprego.

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    2. Pobrezinhos, anon.

      Parabéns pelo novo emprego PS!

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  11. CF...vou comprar este livro do Gene na próxima semana. Valeus pela dica. Abraço

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  12. Saudações, CF.

    Excelente texto. Sempre me pergunto como um curso de graduação em jornalismo, por exemplo, pode ser estendido por longos quatro anos.
    Qual o fluxograma do 4° período? Análise sintática I, Como criar um puta artigo sensacionalista II, "Misquoting" Bolsonaro IV...
    Isso se aplica a inúmeros outros cursos como marketing, publicidade, biblioteconomia, comunicação social e etc...

    Vou começar uma faculdade de exatas em uma faculdade pública. Larguei há pouco tempo atrás outro curso também de exatas devido ao mercado limitado ao qual estaria submetido depois de formado - como me arrependo de ter começado aquele curso...
    Acredito que as boas opções de graduação, atualmente, são como sempre medicina, contabilidade (pelos motivos apresentados nos comentários acima), CC e áreas correlatas (pois sempre haverá demanda, nem que seja tirar poeira de computador) e outras áreas que são muito pouco afetadas por crises repentinas, como farmácia no segmento de saúde e ciências atuariais no segmento de seguros.

    Realmente muitos poucos jovens se preocupam em buscar ao menos uma experiência profissional sólida antes do fim da graduação. Grande parte das vezes isso se dá por comodismo, mas por experiência própria, posso dizer que a inserção no mercado têm sido difícil. Sei que isso se dá em partes pela CLT, afinal se sou um empregador e sou obrigado a cumprir com todos os encargos ditados por ela, então vou cobrar três anos de experiência por um atendente de balcão de farmácia e pagar 900 pratas mensais, quero o melhor por menos...
    Mesmo querendo trabalhar já nos meus 13, 14 anos, fui impedido pelos meus pais por não acharem ser necessário e por quererem que focasse única e exclusivamente nos estudos. Naquela época teria sido bem fácil arranjar emprego, com toda certeza. Depois que sai do ensino médio e emendei a faculdade, resolvi procurar por emprego no auge da crise, debalde. A concorrência para qualquer vaga com salário no valor de R$ 900-R$ 1.100/mês era absurda. Não consegui oportunidade alguma, uma vez que não tinha experiência em nada. Resolvi então fazer uma dessas merdas de aprendizes na esperança de ser contratado após o fim do contrato: mais tempo perdido e páginas desperdiçadas na carteira de trabalho.

    Não sei sua idade, nem como era o mercado nos seus 18-21 anos. Na situação atual, arranjar vaga de limpa-chão, porteiro, atendente de qualquer merda de nível operacional com faculdade em curso (algo que as tiazinhas de RH adoram usar como critério de eliminação), inglês avançado e alemão básico (Informações que eu omito para poder ser chamado para uma entrevista) está absurdamente difícil.
    Acho que se eu fosse um favelado que saiu fazendo trezentos filhos pelo estado, que mal fala português e terminou o médio num supletivo teria melhores condições de empregabilidade. Se você não tem parentes, familiares e amigos próximos que possuam negócios pequenos é foda.

    A culpa é em partes minha também. Estou tentando arranjar algo pra conseguir pagar um técnico; se assim fizer terei de optar por uma das três opções. Só não tentei fazer algum dos concursos para oficial de alguma das forças armada por que sabia que se o fizesse, ficaria tentado a permanecer no Brasil por conta da estabilidade. O que mais quero e sair pra nunca mais voltar.

    Abraço.

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    1. "Se você não tem parentes, familiares e amigos próximos que possuam negócios pequenos é foda."

      Cara, se você imaginou ou imagina que trabalhar em empresa de parentes seja um bom caminho te digo que repense essa possibilidade.
      Sei que dessa forma é mais fácil entrar no mercado de trabalho, mas tem pontos negativos também.
      Seu parente pode lhe oferecer emprego ou estágio unicamente por ser parente, deixando vocação, respondabilidade etc de lado, oq ue é um erro.
      Você não terá mérito no seu trabalho ou carreira porque a grosso modo você está na empresa da família.
      Se quiser trocar de emprego provavelmente o Rh de outras empresas não o enxergarão como profissional competitivo porque será deduzido que você só teve aquele emprego, porque era parente do dono da empresa etc.
      Além de muitas vezes encherem o saco do dono da empresas para que arrume uma vaga para aquele sobrinho mala que nunca fez porra nenhuma e coisas do gênero.
      Se bobear é ruim pra quem em emprega e pra quem é empregado.

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    2. Eu também fui privado de trabalhar desde os 12 anos (minha primeira tentativa) em nome do estudo publico sagrado. Perdi anos de aprendizado de mundo real.

      Sei que está cada vez pior o mercado, e acho curso técnico bom sim.

      Ser oficial das FAs é excelente, não precisa ficar pra sempre. Meu post mais acessado é sobre isso. Faço votos que você consiga sair do Brasil pois vale muito a pena.

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    3. Empresa familiar tem esses problemas e outros, mas ai depende de si pra aprender também, e quando chegar nos RHs mentir bastante. Sempre menti muito em entrevistas de emprego. Você deve vender a si mesmo e não mostrar-se um coitado.

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    4. Muito obrigado pelos votos, CF.

      Tenho, ainda, de deixar a inércia e me movimentar. Infelizmente sou velho demais para tentar um AFA, Escola Naval ou ESPCEX, me resta apenas o EsSa. Tenho certeza que passaria se tentasse...
      O que mais me arrependo é de não ter conhecimento desses concursos ainda novo (para os padrões do edital). Estaria bem se tivesse feito um Colégio Naval ainda no fundamental, provavelmente já teria dinheiro suficiente para ir embora.

      Anon, eu entendo o que você quis dizer. Sendo sincero, se tivesse algum negócio, a última coisa que faria seria contratar parente. Digo, entretanto, que indicação de pessoas próximas em empresas de pequeno e médio porte a nível operacional é, ainda, o modo mais eficaz de inserção no mercado de trabalho. Essa semana participei de um processo seletivo numa empresa de capital aberto, líder de seu segmento para uma vaga operacional. No dia, acredito que havia lá aproximadamente 150 pessoas. Nenhuma delas tinha sido convocada individualmente pelo RH para o tal processo. Todos que lá estavam tinham sido indicados por supervisores e gerentes de loja.
      Indicação em empresas grandes só é efetiva para cargos operacionais de nível superior ou táticos.
      Só queria arranjar algo para me manter durante a faculdade, qualquer emprego ruim que pague mal é melhor do que ficar em casa esperando por um estágio na faculdade: algo que ainda vai demorar bastante para acontecer. Como o CF já disse em outro post, temos de aproveitar a juventude para trabalhar a fim de acumular patrimônio. Concordo plenamente, sinto que a cada minuto que permaneço parado ou fazendo muitas escolhas (o que não é o caso atualmente) estou perdendo um tempo precioso.

      Abraço.

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    5. O ponto da indecisão é importante. Ela nos deixa paralisados pois achamos que tudo é um veredito do que seremos pro resto da vida.
      Certa vez rejeitei um emprego de empurrar cartão de créditos numa loja de varejo pra esperar uma oportunidade de estagio em minha área de formação. Resultado: no estágio não aprendi nada e ganhava 400 por mês, ao invés de 900 + aprendizado no front da loja. Eu teria 500 reais a mais por mês e na hora de procurar um novo emprego, mesmo na minha área, a diferença seria mínima. Apenas como anedocta: na seleção um cara disse que a rede ia abrir várias lojas na América latina nos próximos anos e eu pensei em investir nas ações dela. O setor de varejo explodiu nos anos do PT e eu deixei de ganhar um dinheirão.

      Outra vez rejeitei um emprego de vendedor de automóveis numa concessionária pra ficar no meu departamento, sendo que o pior vendedor lá tirava 3k ao mês, e eu 1k.

      A juventude é propicia pra trabalhar que nem um louco juntando patrimônio e aprendendo, enquanto mora com os pais. Ao invés disso a classe média a desperdiça fazendo péssimas decisões. Garanto que se perguntar pra 10 universitários classe média desempregados se trabalhariam no McDonald's 9 vão preferir ficar fazendo nada. Na porra do McDonald's o cara aprenderia UM MONTE sobre negócios e pessoas e teria mais uma experiência no currículo.

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  13. Fala CF,

    Realmente alguns cursos superiores atualmente nao valem muita coisa, porem o que fazer da vida sem um curso superior?

    Pra mim a vida deve ser assim: Faz o curso superior, que seja uniesquina (ficar anos se preparando pra faculdade gratuita nao vale a pena), mas sempre buscando renda extra.

    Eu extraí do meu curso superior aquilo que era util pra mim fora da faculdade, ou seja, no emprego e nos meus projetos externos).

    Alem disto o ingles virou obrigatorio.

    Eu nao sei se eu teria sucesso se tivesse 20 anos neste momento.

    Hoje em dia é tudo intercambio e contatos, fico com dó quando vejo algumas pessoas boas, mas pobres, que sempre sao dispensadas por causa dos que tem intercambio ...

    Pra mim a pessoa deveria começar a trabalhar nos empregos normais como voce disse e estudando a noite.

    A mudança seria passar do serviço de balcão para escritorio, mais proximo de finalizar a faculdade.

    Bom, excelente texto, abraçao

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    1. Olá vdc, apesar de em determinado aspecto os cursos superiores serem bullshit, podem salvar a pele em diversas situações. Já contei aqui, certa vez um chefe meu descascou uma gerente com 20 anos de casa por ela não ter faculdade e os novos estagiários terem. Da pra escapar da cela comum e fazer concursos também. Com cursos de gestão baratos e à distância não tem desculpa de não fazer algo, mas o foco deve ser trabalho e desenvolvimento de habilidades lucrativas em primeiro lugar.

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    2. Concordo CF, o foco deve ser trabalhar. Meu primo fez uma faculdade no ramo artístico...Se não me engano, fez música. tipo fez porque curtia. Mas isso ajudou em seu trampo, ele saiu de operador de máquina e hoje é quase chefe de logística. O canudo ajudou ele, mas o que mais o fez levantar foi seu trabalho.

      Eu mesmo fiz uma facul porcaria de TI, aprendi muito pouco nela. Mas, acabou abrindo a porta para eu entrar na area.

      Então acho assim, se o cara entrar na faculdade achando que tem algo garantido, está frito! Agora se usar ela como trampolim, ai pode valer a pena

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    3. É rsrs Mas, ele consegue tirar proveito do curso e ganha um extra!

      Alem de como falei acima, ter alavancado sua carreira

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  14. Putz CF... eu com 24 anos, terminando ADM pq queria trabalhar especificamente com finanças (de valuation ao mero contas a pagar - amo grana), já fiz outros cursos de modelagem financeira, assisti a inúmeras palestras e fiz 2 estágios em multinacionais japonesas e já trampei no ministério da fazenda (primeiro emprego), tenho inglês fluente e agora estou aprendendo japonês.

    A perspectiva é terminar o curso desempregado. Mas estou em processo em processo de mudar pro japão (sou terceira geração), mesmo que for pra trabalhar em fábrica e largar tudo aqui. Afinal pelas minhas contas, mesmo pagando impostos, custos fixos de aluguel etc. viveria melhor que no BR devido à menor violência, maior poder de compra, ter cara de japonês e me identificar com a cultura - além de ser jovem. E tem a comodidade da vida moderna de investir em outros países - pra que me matar num país sem perspectivas q nem o BR?!

    Minha dica para os homens honestos e disciplinados: namorem uma japa até terceira geração, e se mudem para o japão. Por mais que seja difícil, é muito melhor do que o Brasil.

    Se eu fizer um blog com a minah vida no JP volto pra vc me colocar nos blogs amigos CF.

    Abraço! Sayonara!

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    1. No seu caso o curso vai somar pois você sabe onde quer chegar. Juntar dinheiro no Japão, se for possível, pode ser uma boa também.

      Volte sempre. Domo Arigato gosaimazhita.

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  15. Gostaria de saber a opiniao dos amigos sobre medicina.
    Passei com o fies, mas dps vou ter que arcar com uma divida de (666k) dividida em 15 anos.
    Tou vendo muitas faculdades abrindo, tenho medo de nao compensar no futuro, o que acham?

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    1. É algo arriscado, porém acredito que medicina será um curso bom para muitas décadas ainda. Vai diminuir bem o valor pago pela mão de obra, porém ainda sim terá seu valor comparado a cursos lixos como direito e administração. No seu lugar eu arriscaria. Abraço

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    2. Médicina é um excelente curso e financeiramente o melhor de todos. Da pra ir pra qualquer lugar do mundo se no Brasil ficar ruim, o que eu duvido pois o governo é populista de saúde e o "sindicato" médico poderoso.

      Não saberia porém dizer se sua dívida é saudável.

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    3. Qualquer profissional que consiga mais de mil reais em um dia (um simples plantão) não tem do que reclamar.

      A pessoa comum não tem capacidade de ser médico, ou seria. Desculpem se não é politicamente correto mas é a verdade.

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  16. essa história se repete tanto nos dias de hoje que é até assustador

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  17. CF, descreveu bem algumas pessoas que eu conheço.

    Acho que, no fim das contas, muita gente na classe média acha que basta viver a vida no "modo avião", seguindo o script que falaram que eles devem seguir (escola e faculdade), e que isso por si só é suficiente pra encontrar um bom emprego.

    Essa juventude é ensinada que sucesso é sinônimo de boas notas, mas a real é que ninguém nunca me pediu pra ver meu histórico escolar ou de faculdade para fins profissionais. Ninguém! Nunca na minha vida alguém chegou e perguntou "Qual era o seu Coeficiente de rendimento na universidade?"

    Aí o cara vai vivendo achando que por tirar boas notas está fazendo a parte dele, aí conclui o curso e vê que o mercado de trabalho não tem absolutamente nada a ver com aquilo que eles se prepararam a vida toda.

    PS: Você viu Mad Men? É uma das minhas séries favoritas.

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  18. Fala Madruga, modo avião foi uma boa descrição rs.
    Vi Mad Men. Aguentei umas 3 temporadas (record pra mim) e pretendo ver o resto.
    Pra mim The Sopranos é a série imbatível.

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  19. Eu ainda não conhecia seu blog, gostei do seu post. Infelizmente seu exemplo reflete muito bem a sociedade brasileira: escravos do governo e do trabalho. Ao mesmo tempo, pessoas perdidas em horizontes sem perspectivas. Os olhares vazios pelas ruas que o digam...

    Abraços,

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