sábado, 16 de maio de 2015

Coleções que valem dinheiro

Antigamente, o capital existente eram as terras e as armas. Elas significavam o poder, apesar de dinheiro existir a bastante tempo. Somente a partir do bulionismo, e da expansão do capitalismo, dinheiro ganhou importância e as castas tiveram fim. Como o sistema impõe que o capital mude de mão em um fluxo constante, as antigas aristocracias caíram, dando chance aos pobres através da meritocracia, pois se tornou vital produzir para gerar capital.

Como no mundo todo foi instituído dinheiro estatal, e o valor deste é muito volátil, acumular patrimônio era entendido por lotar a casa de móveis caros e peças de arte, pois não existiam muitos dos investimentos que existem hoje e eles costumam se proteger da inflação. Neste patrimônio era bastante observada a qualidade para que o mesmo pudesse ser transmitido para as gerações futuras (build to last). Hoje em dia tanto os móveis quanto os imóveis são descartáveis e desmoronam em poucos anos (made to be broken).


Quanto lixo...


Por isso temos que ter cuidado em não acumular passivos (porcarias que não geram renda e desvalorizam).

No nosso dia a dia, costumamos falar em investimentos tradicionais de renda fixa ou variável e de negócios lucrativos. Porém também devemos considerar ativos que se valorizam com o tempo, trazendo retornos em uma curva mais longa. Considero essencial focar-se em desenvolver ao longo da vida a sensibilidade necessária para se identificar objetos e empreendimentos com potencial valorização, pois geralmente os mais lucrativos exigem mais especialização. Além disso, alguns são ideais para proteger o patrimônio dos impostos.

Dentro desta classe de ativos existem as coleções. Hoje em dia as pessoas fazem coleções de tudo. Desde as mais tradicionais como latinhas, figurinhas, jogos de video-game, revistas em quadrinhos e brinquedos, às mais exclusivas como selos, moedas, artigos militares e até carros. Com frequência vemos itens de coleção serem vendidos por milhões!


Tive o prazer de conhecer esta bela coleção de mé.


Em primeiro lugar, deve-se levar em conta que coleções trazem despesas. Como qualquer patrimônio, ela deve ser protegida de roubo em um local seguro, e em casos específicos, de poeira, umidade, manuseio, além da necessidade de um espaço para ser apresentada. Além disso, quanto mais raro o item mais caro ele costuma ser. Deve-se atentar que quanto mais exclusiva, menos liquidez você terá.

A internet aproximou as pessoas como nunca (uma das maiores invenções do capitalismo) e movimentou o mercado de coleções enormemente, já que sempre se acha alguém pra comprar qualquer coisa. 


Quem dá o preço é o mercado, não o dono.


Eu não coleciono nada atualmente. Na verdade fico até com raiva quando ganho algum presente, pois tenho que me livrar de todas as quinquilharias em meu projeto maior de ir embora do país. Mas confesso que almejo secretamente possuir uma coleção de relógios fodas pra demonstrar meu de fogo social. Espero que, após uma vida de trabalho esta e outras recompensas incríveis venham.

E você, coleciona alguma coisa?

6 comentários:

  1. Olá
    Conheci seu blog hoje é gostei da forma direta com que vc aborda os assuntos. Isso as vezes não permite que haja discussões que podem ser produtivas, mas gostei da forma como vc escreve.
    Vou passar a te acompanhar.
    Abraço

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    1. Obrigado pela visita.
      Pois é, não sei se dou muito espaço pra discussão. Vou pensar nisso.
      Um abraço

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  2. Eu tenho minha coleção de moedas e cédulas. Não compro nada caro.
    Adoro o programa Trato Feito, tiro dali muitas idéias.

    CF tu és dos meus!

    Capitalism Rules!

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    1. Trato Feito é um dos raros programas que dá pra assistir no lixo derretedor de cérebro que é a TV. Aprendo muito assistindo.
      100% capitalismo e liberdade.
      Abraço!

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  3. Teu blog é foda cara, parabéns.

    Penso em ter uma coleção de moedas de ouro em dólar.
    Vi umas incríveis, que custam de 4 a 6k. Tu acha que vale a pena? Tem chance de valorizar com o tempo?

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    1. Não saberia dizer.
      Ontem mesmo assisti um episódio de "trato feito" onde um cara foi vender umas barrinhas de prata da década de 1970, que as vós presenteavam os netos no aniversário e coisas do tipo. O cara disse que pagaria a prata pelo peso, pois ninguém se interessaria nas inscrições, ou seja, não eram raras o suficiente pra um colecionador dar valor.
      Suponho que sim, metal trabalhado à princípio vale mais... Mas no Brasil, os preços de qualquer coisa são absurdos, ou seja, provavelmente vão te vender caro o ouro trabalhado e na hora de vender, não vão querer pagar bem.
      De qualquer maneira acho bom negócio comprar todo metal precioso que puder durante a vida. Ouro é uma das coisas que a humanidade SEMPRE deu valor.
      Obrigado pela visita!

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