sábado, 30 de maio de 2015

Fechamento Maio 2015

No último mês prometi viver na frugalidade máxima este mês e consegui, fazendo exceção somente por ter ido 2 vezes (nos dias baratos) ao cinema assistir Mad Max, pois sou fã da série. Participei de um churrasco, mas foi barato, e uma festa onde não paguei nada.

Em razão de eu estocar e particionar comida, e também de minha esposa almoçar de graça na empresa em que trabalha (não cobram), em maio gastei apenas ~60 reais em alimentação pois tive que comprar carne e uns legumes. Ponto positivo!

Não comecei a estudar Holandês, preferi adiantar minhas leituras de economia e política. Liguei pro consulado e fui mal atendido. De qualquer modo não vai passar do próximo mês, e provavelmente farei online. Agora a grana:


Tatcher salvou a Inglaterra dos petistas ingleses.

Mês passado: R$ 167,200,00

Atual: R$ 174.203,00

Crescimento bruto do patrimônio: 4,18%

Crescimento líquido (sem aporte): 0,97%

Continuo com certa dificuldade em escolher meus investimentos e isso pode me levar a duas coisas: Paralisia ou investir errado. Este mês vou comprar mais títulos focando a aposentadoria em 2035.
Vendi mais um terreno e recebo a grana no próximo mês.


Efeito no patrimônio quando vendo um terreno.


Está sendo relativamente fácil vender minhas coisas pela internet, mesmo assim me trás dor me desfazer de meus bens pois sempre foi difícil pra mim comprá-los. É preciso ter a mente treinada para não virar escravo das coisas.


Objetivo junho: chegar aos 180k

Este mês tive uma grana extra no salário que ajudou muito. Não considero minha pequena reserva em dólares. É impressionante a força que publicar o patrimônio dá.

Joguei a meta do próximo mês pra 6k bruto de aumento de patrimônio. Vai ser extremamente difícil sem a grana do terreno, mas devemos colocar objetivos mais altos que o das pessoas comuns e tentar exceder as expectativas!

Obrigado por ler, um abraço!

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Furos no balde te deixam pobre


Dentre os "furos no balde" por onde escorre nosso dinheiro podemos listar gastos em varias categorias. Gosto de delimitar ao máximo, não para eliminá-los, mas para melhor administrá-los. Sabendo que tipo de despesa você tem fica mais fácil escolher a estratégia certa para acabar com ela e inverter a lógica da pobreza.

1. Básico
O Brasil é um país cruel neste quesito, pois te supertaxa alimentação, saúde, moradia e transporte, fazendo você trabalhar o triplo para ter a metade. Aqui não tem muito o que fazer além de usar da criatividade e buscar qualificação. Quem vive em cidades que te impõe ser mais dependente do sistema (atravessar a cidade pra trabalhar por exemplo) você está ainda mais exposto à "maldição Brasil".


Em alguns anos todas as cidades grandes serão "do México"
com seus SUS e INSS falidos.


2. Estudo
Fatores culturais ou relativos ao desespero em sair da vida pré-fabricada igual a de todos levam o indivíduo a busca por qualificação para ser uma melhor engrenagem na máquina, e assim gerar mais dinheiro para satisfazer suas necessidades. A má notícia é que não adianta só trabalhar muito, temos que buscar gerar valor. Não adianta cursar o conteúdo enlatado da escola prussiana-freireana  e trabalhar exatamente igual a um dos milhões de macacos treinados. A boa notícia é que, se você sabe disso e faz as escolhas certas, como se qualificar no que gera mais valr ao mercado, sai na frente. Sugiro a leitura do livro "Pai Rico Pai Pobre" sobre o assunto, pois estudo é algo que nos coloca em eterno débito e ilusão na maioria do tempo. O sistema é assim.



3. Gastos desnecessários
Ir a um restaurante, comprar video games, e apostar na loteria de vez em quando fazem parte da vida em sociedade. Se você faz isso todo dia pra manter um estilo de vida incompatível você é um imbecil, simples assim.


4. Religião
Não tem como fugir do assunto, apesar de não ter falado sobre sua influência na vida financeira ainda aqui no blog. Tem gente que dá dinheiro pra igrejas por diversos motivos, mas especificamente em relação ao dinheiro cito uma frase do samurai Miyamoto Musashi: "Acredite em todas as divindades, mas não espere nada delas".

Religião e socialismo, duas coisas que não me atraem.


5. Não ler livros, e assistir televisão
Sim, não ler livros é um gasto pois se enquadra em economia burra. Talvez a afirmação mais dogmática que faço aqui. Mas a questão é que, hábitos errados são motivados por se ter uma cabeça vazia (assistir televisão e andar com gente burra influem bastante) e ler livros te apresenta possibilidades infindáveis. Além disso, ocupa o tempo livre e é diversão barata. Claro que no Brasil um bom livro novo fica na base dos 60 reais, mas são 60 reais bem gastos e você ainda pode vender o bem. Uma coisa que não faço por preguiça é frequentar sebos e pesquisar entre eles pra pechinchar caso ache algo que valha a pena. Baixe livros da internet, e se não conseguir, compre. Uma boa dica é juntar um número de pessoas para comprar livros em conjunto, sejam virtuais ou em papel.
O brasileiro é extremamente burro, no sentido que com a maioria das pessoas é impossível de se manter uma conversa por mais de 5 minutos, por que não lemos livros, nunca. Este ano estipulei a meta de ler 24 livros. Criei esta meta porque advogo sobre a educação clássica e me dei conta que nunca tive acesso a livros e conhecimento básico, até porque por aqui a esquerda controla a educação e faz de tudo pra te afastar de autores liberais.
E, é claro que se pode assistir televisão, ouvir rádio, ler jornal. Quanto mais experiências melhor, desde que a princípio você não acredite em nada deles.

6. Impostos.
Estude maneiras de não pagá-los. Isto é determinante se você quer sair da pobreza, pois pobres sempre pagarão mais impostos.



Quase sempre podemos olhar pra trás e dizer que nosso dinheiro foi em algo assim. Isso faz com que, por mais que existam coisas que nós não tenhamos controle, as pessoas se culpem ou busquem culpados diversos por seus fracassos e se afastem dos hábitos poupadores, caindo na espiral da pobreza.


No próximo post, atualização patrimonial!


domingo, 24 de maio de 2015

Colchão de segurança.

Muitos investidores desconsideram do patrimônio o "colchão de segurança", ou seja, aquele valor que você mantém líquido para usar em eventualidades, como demissão, acidente de carro, quando a geladeira explode ou uma doença aparece. Eu considero tudo junto no mesmo bolo.


Alta liquidez.


A maioria que conheço advoga que seu tamanho deve ser de 3 ou 6 meses de todos os seus custos fixos mensais (eu sugiro uns R$ 500,00 a mais pro caso de ter que pagar uma boa empresa de RH), dependendo do tipo de emprego que você tem (funça público blindado ou empregado privado), se mora com os pais, etc. De qualquer maneira é uma boa ideia ter um fundo ao qual recorrer caso necessário.

Somos doutrinados em enxergar a realidade a partir do agora, e não estarmos preparados pra reagir a políticas públicas nocivas, catástrofes e qualquer outro advento comum da vida. Não falo só de ficar desempregado, mas quanta gente perde tudo em uma enchente, incêndio ou vendaval? Quantos perderam sua aposentadoria nas mãos dos corruPTos? Seu patrimônio pra inflação? Quantos acreditaram que o governo ia lhes prover estudo e ficaram seu o FIES?

Atualmente, a liquidez da maioria dos produtos é muito boa, portanto manter em Conta Poupança não se justifica se você prestar atenção no que investe. Eu costumo adquirir coisas com pouca liquidez pois geralmente elas pagam mais. No momento posso me dar ao luxo, pois não tenho filhos, possuo um plano de saúde decente e busco aportar no fim de cada mês, antes de receber o próximo salário (sim, a grana fica um tempo parada na conta).

Acho que pra maioria, se mantiverem um orçamento sob controle, um plano de gastos anuais mais ou menos realista (considerando prestações e etc) e diversificar legal, não tem problema não possuir uma conta separada para eventualidades. Na verdade isso seria até um pouco paranoico pra quem não é miserável.

Em outros tempos em que a poupança rendia uma merreca acima da inflação, comecei com ela. Fui estudando e descobri que existem CDBs e Títulos com liquidez diária, além de LCAs de prazo curto ideais pra formar um patrimônio inicial com um pouco mais de segurança. A medida em que você fizer mais grana, pode ir migrando para produtos que rendam mais com menor liquidez.

Tão importante quanto ter uma reserva em reais, é ter uma em Dollar, esta sim líquida. Não parece muito lógico mas o brasileiro já teve que recorrer ao Dollar diversas vezes no último século, e de qualquer maneira você vai precisar pra viajar algum dia.


Estou de olho em um destes.


Acho esta discussão bastante importante porque todo o "conhecimento financeiro" do brasileiro se resume, ou a absolutamente nada, ou em ficar rico, e não em ser uma pessoa precavida durante a vida.


E você, como vê o tema? Abraço!

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Ciclos da vida financeira

Existe um tema objeto de estudo dos gurus de finanças pessoais chamado ciclo de vida financeiro, usado pra recomendar investimentos mais apropriados para cada período da vida. Isso tem sentido se você considerar que um jovem tem mais tempo pra arriscar lucros maiores que uma pessoa mais velha, e porque é necessário acumular dinheiro pra que ele renda. Porém, deve-se ir além de simplesmente considerar a idade x risco.

Historicamente a bolsa de valores remunera mais capital no longo prazo, mas também estamos falando de Brasil, um país com inflação aterradora, corrupção empresarial (falar da estatal seria pleonasmo) e várias outras questões e políticas que influem na criação e manutenção de patrimônio, inclusive o desestímulo chamado impostos que tem como fim ações socialistas. Enfim, pelo menos pra mim, renda variável é pra quem já tem algum dinheiro, nem que seja um colchão de segurança, ou ganha bem e aporta uma fração nelas.

Como alguém sem nenhum dinheiro vai alocar todo o seu patrimônio a alto risco que pode te render 17% em uma semana? Pra mim isto é insensato, por mais que a bolsa seja mais segura no longo prazo em condições minimamente capitalistas, é insensato.

Também sabemos que detalhes pessoais, como morar com os pais (se seu ambiente familiar permitir), ter bolsas de estudo, ser funça público, ter certo patrimônio formado, alguma familiaridade com investimentos, facilidade em buscar financiamentos, dívidas, doenças, a cidade em que mora, etc, tem influencia na composição de sua carteira.

Sempre observei que vários na Blogsfera apostam (quase) tudo num só tipo de investimento (incorro ao mesmo erro). Alguns até se baseiam no Warren Buffet que diversifica pouco. Só que o WB tem ações nos USA, é poderoso politicamente e tem bilhões de dólares que demorariam várias vidas pra perder.

Neste post vou sugerir de maneira aproximada como deve ser composta uma carteira de investimentos genérica de acordo com o ciclo de vida. Apesar do modo como escrevo, não levem ao pé da letra.

Dos zero aos vinte e cinco anos:
Objetivo: alcançar 100k em patrimônio.



Em primeiro lugar, deve-se ser poupador desde bem jovem, por isso estimule seu filho a estudar e se aperfeiçoar na ciência do dinheiro. Falo por mim. Sempre fui poupador, mas se tivesse lido "Pai Rico Pai Pobre" com 10 ou 15 anos, provavelmente hoje eu estaria mais longe da pobreza. Talvez tivesse feito qualquer curso técnico e saído do Brasil antes, mas nada disso importa.

Hoje penso que é "obrigação" de um pai (que tenha condições) fazer o filho chegar aos 25 anos com no mínimo 100 mil reais. Não digo com 100k no bolso do filho, mas 100k de patrimônio pra começar a dar seus passos sozinho, que seja como colchão ou num imóvel... Claro que se deve considerar que prover no mole estragará o cidadão, e que esta soma é só um exemplo pra minha realidade, se a sua é diferente, desconsidere. Você pode ter outras estratégias como investir mais em estudo no começo da vida, jogar futebol, esta é apenas uma.

Mas este valor é fácil de juntar em 25 anos (e até desde antes) apenas aportando uma miséria por mês e cortando hábitos comuns nocivos. Além disso, a princípio é pra ELE  tentar juntar, não você.
Infelizmente meus pais não pensaram assim. Pensaram que nem pobre, estudar muito pra trabalhar pra alguém e deixá-lo rico.


Currículo freireano.


O ideal é que os pais administrem uma poupança (mas não no lixo da conta poupança) para o filho desde antes de nascer, mas é raro que isto dê certo. Lembro de ter minhas economias surrupiadas mais de uma vez por meus pais quando eles precisaram. Recebi de volta, comprei um Super Nintendo, anos depois um Playstation 2, mas por mais de ano fiquei parado sem aportar as migalhas e durante o período eu parava de acumular na esperança de receber (porque você vai retomar uma poupança se ela pode ser tomada?). Ficou algum aprendizado disso. Principalmente que juntar é difícil e perder é fácil.

De qualquer maneira, até os 15 anos o ideal, digo, o essencial, é desenvolver uma mente poupadora e frugal, ensinar a diferença entre ativos e passivos e criar o hábito de guardar uma porcentagem de tudo o que fizer, além de nunca se endividar. Outra coisa é que deve-se trabalhar desde cedo, tanto para aprender quanto para juntar dinheiro. A classe média tem começado a trabalhar cada vez mais tarde e a prole "estudante" vagabunda suga muitos recursos da família, que poderia acumular. Infelizmente não posso dizer que comecei a trabalhar cedo, pois fui proibido por meus pais. Geralmente pais burros creem que trabalhar atrapalha o estudo inútil do currículo estatal e privam seus filhos de muito aprendizado prático.

A princípio seus filhos não devem estudar na faculdade sem trabalhar, e se você pagar moradia, ele deve pagar o estudo. De qualquer maneira ele deve trabalhar, de preferência antes de escolher o curso (você deve influenciar com potência). Fazer um curso técnico durante o segundo grau e servir um ano ao exército são bem vindos na minha opinião. 


Tenho um parecido.


Nem é preciso dizer que um pai poupador teoricamente vai ter grana pra meter o filho em uma faculdade de medicina. São 5 mil reais por mês totalizando uns 300k (no total), que se pagam facilmente quando o cara se formar. Conheço mais de um estudante de medicina numa shitversidade que entrou com cotas, nunca estudou na vida e vai ser muito mais rico que eu. Considere que medicina é imbatível. Engenharia também é boa, minha esposa é engenheira portanto sei do que falo. O resto é tudo porcaria tirando ser empresário ou funça público. Se você escolheu algum lixo, paciência.

Financeiramente, até os 25 anos você deve alcançar os 100 mil reais. Pode ser em títulos, CDBs, Letras, imóveis... Desde que destrua esta barreira. Este valor será sua base.


Prêmio: Apenas carne de ovelha assada, pois você ainda é pobre.
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Dos vinte e cinco aos trinta e cinco anos:
Objetivo: alcançar 350k em patrimônio.




Não vamos tratar daquele papo de não casar, não ter filhos, viver com os pais pra sempre, nunca comprar nada, isso todo mundo sabe que é benéfico financeiramente de certa maneira. O que se deve fazer é, em primeiro lugar, continuar a viver como "pobre" por 8 a 10 anos depois de formado. Viva frugalmente, faça exercícios, aprenda a se defender e a sonegar impostos, desenvolva habilidades, aprimore sua educação e cultive bons relacionamentos. Estes hábitos devem prosseguir pro resto da vida.

Até o limite de 35 anos seu foco deve ser adquirir a "semi-independência financeira".

Não amigos, não sou exemplo literal do que descrevo neste post, mas sem dúvidas é possível implementar esta estratégia, que mantém como característica mais importante uma constante evolução.

Vocês devem saber tenho quase 30 anos e estou bem longe dos 350k. Como disse, neste post descrevo o que pra mim é próximo de ideal, e acredito que devemos buscar o ideal não importa o quão longe estejamos dele.

Tente estimular seu gênio financeiro para ganhar dinheiro com qualquer coisa, vender carros, roupas, perfumes, gado, terrenos, ganhar apostas, fazer bicos... E até os 25 anos é a hora certa de se fazer isso, pois idiotas compram tudo. Trabalhar com vendas é um bom caminho pra quem não é empresário.

Agora cabe reservar uma parcela da sua grana como Capital Alocado a Risco para especular, mas o grosso do seu capital deve estar em renda fixa, já que no Brasil temos excelentes opções que pagam acima da inflação exorbitante, como Tesouro direto e LCI/LCA de bancos pequenos. De qualquer forma, concentre-se em burlar impostos e aportar.

Seus aportes mensais provavelmente estarão maiores. O ideal é que sejam de 2 mil reais, pois você está mais qualificado ou fazendo bicos e isto possibilita partir pras ações, mas se não der tente fazer pelo menos uma média de mil. Como estou atrasado na minha estratégia, aporto mais forte na renda fixa.

Ou seja, tendo os 100k, destine um mínimo de 1200/1500 reais por mês que chegará aos 350k facilmente neste período, e se puder aportar mais, coloque na renda variável. Para destruir a inflação pesada, existem produtos que pagam acima dela.


Prêmios: Relógio Omega Seamaster e moto Yamaha RD 135.
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Dos trinta e cinco aos quarenta e cinco anos:
Objetivo: alcançar UM MILHÃO em patrimônio.



A partir deste valor os juros compostos começarão a agir com esteroides, aniquilando a maldição-Brasil (viver no Brasil que faz você trabalhar mais e pagar mais caro por coisas de má qualidade).
Neste ponto pode-se dizer que você entrou na pista de alta velocidade. O medo de ser demitido desaparece (principalmente se você já tiver casa própria). Perspectivas de ir embora do país surgem. Você começa a planejar maquiavelicamente maneiras de chegar no milhão e parar de trabalhar.

O melhor de tudo é que o rendimento de seus investimentos praticamente fará o trabalho sozinho. Vamos aos cálculos com a alocação:

Façamos a louca alocação dos 350k em 4 investimentos divididos de maneira igual, totalizando R$ 87,500 em cada. De modo mais realista você optaria por uma divisão de acordo com suas necessidades e perspectivas para os próximos 10 anos.

25% Tesouro Direto
25% FIIs
25% Ações
25% LCI/LCA

Vamos continuar usando o rendimento médio conservador de 0,8% ao mês (na parte de acúmulo de capital, você jamais teria certeza deste rendimento se tivesse investido tudo na renda variável apesar do histórico foda da bolsa). Se você não aportar NADA durante esta "reta final", seguramente vai chegar perto dos 500k aos 40, ou seja, com apenas 35 anos alcançou a semi-independência financeira enquanto 90% da população está endividada e não tem nada, e aos 45 pode parar de trabalhar como uma mula.

Agora, falando de uma pessoa que consegue aportar mais de 3k por mês, passa do milhão fácil mesmo pagando 15% de imposto em tudo (considerei até nos FII e nos LCI/LCA que são isentos).

Se aportar 100% em TD provavelmente vai pegar no vencimento bem mais de um milhão pagando 15% de imposto e sem aportar nada.


O seleto clube do milhão.


Veja como é fácil chegar ao milhão aos 45 anos (quando primeiro escrevi este artigo, considerei 100k até os 20 anos, o que é possível, mas improvável pra maioria, e aos 40 chagar no milhão) se você tiver hábitos frugais simples. Na verdade, se você destinar 100k ao tesouro direto, provavelmente vai ter perto de 1kk em 20 anos. Por isso eu disse: você deve ter 100k de base.


Prêmio: Mude sua profissão para "investidor".
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Comece o caminho do zero (aniquile dívidas, comece a poupar, etc) sem se importar com a idade. Antes de dinheiro, o mais importante é qualidade de vida. Pense em soluções pra falta de dinheiro. Não tem grana pra ir pra praia uma vez por ano? Passa 4 horas por dia no trânsito? Largue tudo e vá MORAR na porra da praia, por exemplo.
Lembro de uma piada sobre isso: "você passa um ano todo trabalhando pra viver como índio por uma semana".

Se você acha que 45 anos é muito tempo pra quantidade de esforço que descrevi, pense em quantas pessoas de 40, 50 ou 60 anos que você conhece que tem um milhão de patrimônio. A maioria vai trabalhar até morrer e depender do governo e da família.

De qualquer modo o que vai te fazer deixar de ser pobre é saber usar dinheiro, não ter um milhão.

sábado, 16 de maio de 2015

Coleções que valem dinheiro

Antigamente, o capital existente eram as terras e as armas. Elas significavam o poder, apesar de dinheiro existir a bastante tempo. Somente a partir do bulionismo, e da expansão do capitalismo, dinheiro ganhou importância e as castas tiveram fim. Como o sistema impõe que o capital mude de mão em um fluxo constante, as antigas aristocracias caíram, dando chance aos pobres através da meritocracia, pois se tornou vital produzir para gerar capital.

Como no mundo todo foi instituído dinheiro estatal, e o valor deste é muito volátil, acumular patrimônio era entendido por lotar a casa de móveis caros e peças de arte, pois não existiam muitos dos investimentos que existem hoje e eles costumam se proteger da inflação. Neste patrimônio era bastante observada a qualidade para que o mesmo pudesse ser transmitido para as gerações futuras (build to last). Hoje em dia tanto os móveis quanto os imóveis são descartáveis e desmoronam em poucos anos (made to be broken).


Quanto lixo...


Por isso temos que ter cuidado em não acumular passivos (porcarias que não geram renda e desvalorizam).

No nosso dia a dia, costumamos falar em investimentos tradicionais de renda fixa ou variável e de negócios lucrativos. Porém também devemos considerar ativos que se valorizam com o tempo, trazendo retornos em uma curva mais longa. Considero essencial focar-se em desenvolver ao longo da vida a sensibilidade necessária para se identificar objetos e empreendimentos com potencial valorização, pois geralmente os mais lucrativos exigem mais especialização. Além disso, alguns são ideais para proteger o patrimônio dos impostos.

Dentro desta classe de ativos existem as coleções. Hoje em dia as pessoas fazem coleções de tudo. Desde as mais tradicionais como latinhas, figurinhas, jogos de video-game, revistas em quadrinhos e brinquedos, às mais exclusivas como selos, moedas, artigos militares e até carros. Com frequência vemos itens de coleção serem vendidos por milhões!


Tive o prazer de conhecer esta bela coleção de mé.


Em primeiro lugar, deve-se levar em conta que coleções trazem despesas. Como qualquer patrimônio, ela deve ser protegida de roubo em um local seguro, e em casos específicos, de poeira, umidade, manuseio, além da necessidade de um espaço para ser apresentada. Além disso, quanto mais raro o item mais caro ele costuma ser. Deve-se atentar que quanto mais exclusiva, menos liquidez você terá.

A internet aproximou as pessoas como nunca (uma das maiores invenções do capitalismo) e movimentou o mercado de coleções enormemente, já que sempre se acha alguém pra comprar qualquer coisa. 


Quem dá o preço é o mercado, não o dono.


Eu não coleciono nada atualmente. Na verdade fico até com raiva quando ganho algum presente, pois tenho que me livrar de todas as quinquilharias em meu projeto maior de ir embora do país. Mas confesso que almejo secretamente possuir uma coleção de relógios fodas pra demonstrar meu de fogo social. Espero que, após uma vida de trabalho esta e outras recompensas incríveis venham.

E você, coleciona alguma coisa?

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Discurso de bravura

Sempre fui um grande fã de filmes, dos quais busco tirar lições e estímulos ao longo da vida. Hoje postarei o discurso de um filme chamado "Henry V", fiel a peça de Shakespeare.

Já a alguns anos lembro desta cena nos momentos difíceis ou quando ouço os famosos "naysayers" (pessimistas) que nos rodeiam no dia a dia enchendo o saco (familiares costumam ser o maior exemplo).

Curta:

Bravura.

Dizem que as pessoas querem te ver bem, mas nunca melhor que elas. Isso é verdade e tem a ver com sobrevivência. Também tem aquela que, se conselho fosse bom não seria de graça, venderiam! Por isso admiro a filosofia do Objetivismo.

Quem quiser pode se aprofundar um pouco mais na história da batalha. Ela era simplesmente impossível de ser vencida pelos ingleses em razão do número avassalador de franceses, mas acabou sendo por Henry V e sua turma que viraram os maiores heróis da Inglaterra. O que ocorreu foi que os franceses se meteram em um banhado fétido e pantanoso e viraram peneira pelos arcos dos ingleses.

Na guerra a questão sempre é mais complicada visto que é um estado de exceção, mesmo assim não recomendo que ninguém lute por linhas imaginárias (na oração o rei dispensa quem desejar partir).

A principal lição que tiro é a de manter a firmeza ante o perigo e continuar na luta sem se importar com as dificuldades. A tropa inglesa estava sob chances desprezíveis de vitória, como nós pobretões em relação ao sistema, mas a vitória chegou, como chegará aos mais persistentes se determos o socialismo.

Lembrem disso quando o esforço parecer em vão, pois seres humanos não preveem o futuro. Os iniciantes vêem seus aportes pequenos e patrimônio minúsculo que não sai do lugar (ainda estou neste nível) e ficam se questionando se vale a pena lutar pela IF. Claro que vale. Primeiro porque você não sabe do futuro e segundo porque dinheiro chama dinheiro.

Resiliência é o mais importante!

domingo, 10 de maio de 2015

Dê nome aos seus investimentos.

Isto é algo que eu sempre li por ai e relutava em fazer por achar bobagem, mas ao longo do tempo fui mudando de ideia. Trata-se de dar nome aos investimentos.

Na verdade faz todo o sentido, já que pra alcançar qualquer projeto é bem melhor que você leve em consideração tudo o que for necessário a ele, além de montar um plano de ação.


Um idiota com um plano é melhor que um gênio sem um.


Convém criar metas realistas, e até reservar uma pequena porcentagem a mais do que a "prestação" exata pra cada projeto, se for possível. Ou seja, digamos que sobrem 100 reais no fim do mês... Aporte em um dos seus sonhos pra chegar mais rápido na vitória. Por outro lado, se você chegar na data programada sem a grana, não se desespere, apenas continue aportando ou recalcule se mudar de prioridades. O ideal é rever suas prioridades uma vez por ano.

"Se você não sabe onde quer chegar, qualquer caminho serve".

Veja alguns exemplos na tabela abaixo, considerando que você não tenha nada e inicie os projetos hoje:

PROJETO
DATA
$$$
APORTE MENSAL R$
PRODUTOS
Casa de 50m²
2022
100.000
1100
TD, LCI
Yamaha RD 350
2025
8000
300
Ações
Omega Seamaster
2025
5000 $
100
Dolar
Ir a um Casino
2020
5.000 $
200
Dolar
Começar faculdade*
2020
50.000
800
TD, LCI
*Hoje em dia, eu teria feito uma faculdade barata à distância.

A ideia principal é emprestar seu dinheiro a juros, pra que no futuro você compre o que precisa com alguém pagando junto.

A questão é que, se você precisa de 50 mil reais daqui a 5 anos para determinado projeto, se não tiver os 50 mil na data não compre pois vai pagar juros. Você deve apenas comprar coisas a vista, a não ser que o rendimento do valor que você pagaria à vista seja maior que as prestações pagas, e hoje em dia isso é bem difícil de encontrar.

Faça seu próprio plano, talvez até adicionando metas a bater em datas específicas pra que você se esforce mais quando necessário. Isto vai lhe ajudar a escolher investimentos apropriados e lhe estimular a poupar no longo prazo.

Este mês começo a estudar holandês. Não sei ainda quanto vai me custar mensalmente, mas é provável que seja caro, porque é uma coisa que não planejei a tempo. Ainda nesta semana falo disso aqui no blog.

Até mais.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Simulações com Tesouro Direto

Nos últimos dias tenho feito algumas simulações no site Tesouro Direto. Sem dúvidas comprar papéis da dívida de países progressistas gastadores é um bom negócio*, mas mesmo sendo bom negócio se deve saber o porque de investir no TD ao invés de em outra coisa.


Você empresta seu dinheiro e paga imposto por isso...


Pessoalmente creio que uma pessoa pode investir de duas maneiras. Tendo um objetivo específico, ou de maneira mais genérica, visando acúmulo de capital para sair da miséria. Dito isso, creio que existam produtos mais adequados para uma ou outra estratégia. Se você quer acumular capital, no longo prazo boas ações remuneram mais que qualquer outro investimento. Se você quer comprar um imóvel, investindo na renda fixa você estará menos exposto ao risco de não ter o dinheiro quando precisar.

Se você acha que vale a pena, a primeira coisa a se fazer é escolher uma corretora. Eu escolheria uma que não cobre taxas (clique aqui).

Não se apaixone por um investimento nem faça do investir a coisa mais importante de seu dia. Isto pode trazer frustrações.
O bom do tesouro é que você pode diversificar entre eles. Acho que uma boa estratégia, e também a mais simples, é diversificar entre NTNB Principal e LFT. O resto é bosta. Você pode comprar títulos pra vencimento em uma data parecida, mas também tem gente que compra pra ir vencendo mês a mês como se fosse uma aposentadoria**.
Também tem a estratégia do Capitalista Pobre.

Não esqueça que é melhor deixar aplicado até o vencimento do título, e que após 2 anos a alíquota de imposto de renda é menor.

Bom, investir em tesouro é bastante simples e tem todas as informações que você precisa no próprio site. Recomendei a um amigo que ainda mora com os pais que crie o hábito de investir de R$ 500,00 a R$ 1500,00 mensalmente pra que num horizonte de 6, 8 ou 10 anos retire uma bolada e compre sua casa própria tendo em torno de 30 anos, o que lhe daria larga vantagem contra o resto da manada que paga uma oca financiada em 30 anos.

Sim, 6, 8 ou 10. Minha filosofia é que você nunca preverá o futuro, então tenha expectativas realistas e esteja preparado pra que todas falhem.

Evite o papo furado desestimulante de que é investimento pra daqui a muito tempo. Isso é coisa de perdedor vagabundo. Você provavelmente vai ter gastos enormes na vida como compra de imóvel, pensão judicial, faculdade de filho, câncer, pais idosos, e sinistros de toda sorte, onde acaba tendo que tirar dinheiro de onde não tem pra pagar.

As pessoas pagam 1000 reais por mês em alguma prestação, quando podiam ter  R$ 1100,00 na conta por ter poupado antes. Não seja este cara.


Cara que guardou pro futuro.


No meu caso, vou reservar algum valor pro tesouro focando a aposentadoria. Busco ir embora do Brasil, mas nunca se sabe... Só algum país lixo da Africa paga mais por sua dívida, então considere TD na sua carteira.

Se tiver dicas deixe nos comentários. Até a próxima!



* Não estou recomendando investimento algum. Pense por si mesmo.
** Jamais confie totalmente no governo.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Atualização patrimonial e metas

Vou postar minha atualização patrimonial, levando em conta apenas produtos do mercado financeiro. Atualmente estou posicionado praticamente 100% em renda fixa.



Vida de empregado.


Pretendo montar uma carteira poderosa de ações no futuro, mas como considero um bom investimento pra acumular patrimônio no longo prazo, não vou comprar um centavo do ativo no Brasil, já que irei embora futuramente.

Futuramente meus aportes vão sofrer influência principalmente de alguns imóveis que adquiri em momento bastante oportuno. Meu poder de fogo mensal considera tanto o que sobrar de meu salário quanto rendimentos de investimentos.
Não vou colocar as migalhas, vou arredondar os valores.

Aporte abril: R$ 2,600,00

Patrimônio abril: R$ 167,200

No mês de Maio tenho como meta praticar a frugalidade extrema. Será um mês onde não vou gastar um centavo com o que não for necessário à sobrevivência. Como já fui miserável em certos momentos da vida isto não vai ser tão difícil, pois quando quero ativo o modo estoico. Também vou organizar a venda de todo lixo acumulado ao longo do tempo que ainda possuo, como CDs, tralhas e utensílios domésticos que não preciso.

Ao final de maio, preciso ter batido minha meta de oito livros terminados. Quero ler de 20 a 24 obras até o final de 2015 (contando com eventuais releituras). Olhando para os números parece difícil mas tenho alguns momentos em que realmente não faço porra nenhuma e preciso aproveitar.

"Em terra de pobre, quem tem o ouro é rei" - Eu.

Até amigos.